quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Era pena mas ele e ela estavam já acustumados com o cinza do concreto e os nãos da vida, querendo ou não os tapas estavam já marcados e o peso da vida já não lhes doia tanto as costas.Querendo ou não estavam ali andando descalços sobre o chão de pedra sem sentir nada.Estavam ali. Claro, eu diria que eles estavam um pouco embrutecidos mas nada tão grave a ponto de deixa-lhes escapar os sonhos. Da pra acreditar?aquelas maos secas e rachadas ainda almejavam alcançar o mesmo sonho, o de não estar ali.Pode parecer bobagem mas você não acharia se estivesse como eles - no ultimo fio de esperança.



Eles não queriam deixar escapar, ela sempre pintava um sorriso no rosto e punha sua armadura, vez em quando deixava o sorriso cair na rua , mas só de vez enquando. Ele que sempre apoiava-se naquele sorriso vez enquando também caia, mas ela sempre dava um jeito de estender suas mãos, mesmo cansada. E sobreviviam assim, andando na corda bamba da um felicidade instável, de uma esperança que lhes parecia tão solúvel. Era bonito de ser ver, aqueles dois viviam assim aos trancos e barrancos mas nunca sozinhos.

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