sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Se tudo a minha volta gira, como é que consigo pregar os dois pés no chão? e meu corpo bambeia desequilibrado de um canto pro outro,mas meu rosto ainda não sentiu a textura desse piso.

Procuro sempre o derrame, a queda, a sofridão que me derrube por semanas, para que assim possa tocar nos dedos uma dor relevante,uma dor que não seja a desse cotidiano.


O cansaço tomou conta do meu corpo, e os pedidos de parada ecoam no meu ouvido fazendo assim que eu diminua minha velocidade aos poucos.

Hoje é dia de tempestade, mas não chove nem aqui nem lá fora.Vejo vultos de guarda-chuvas pretos se atropelando nessa calçada, mas não há uma se quer gota d' água.

Tenho me inclinado para o lado dormente,não me impressionam , não me afetam... e por isso procuro algo pra sentir.Por isso te procuro.

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