segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Penso que é tão fácil me conhecer, é só ler o que escrevo, é só ler meus olhos quando falo.Mas penso também que estou mudando muito, e mentir é uma saída para não compactuar com tudo isso.Quero que fique em mim a parte que mais gosto, mas ela vai embora toda vez que há uma tempestade.Então eu minto e finjo que ela ainda existe em algum lugar só meu, nem que seja um lugar escondidinho, lá na última repartição do peito.Mas não existe.
Me pergunto se isso tudo faz parte do que essas rugas e esse amontoado de anos chamam de amadurecimento, pra mim essa palavra melancólica poderia ser substituída por embrutecimento e só.Se tudo que vejo de flores,estrelas e sonhos é por não amadurecer, se tudo o que não passa pelo filtro da cabeça e tudo que eu vejo de especial nos outros é por falta de experiências.Se tudo o que eu tenho de mais sincero não me serve pra nada....
Mas a a gente não escolhe, aos poucos os girasóis na janela do quarto são substituídos por flores de plástico num arranjo de sala.As estrelas nem vejo mais, esse céu é sempre tão escuro. E os sonhos... ah! o sonhos, que aos pouco vão dando lugar a responsabilidade e sapatos de marca...
Penso que não estou ficando triste e maluca, estou envelhecendo.Amadurecendo.

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