quinta-feira, 30 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Medos
sábado, 25 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
" and we're changing our ways, taking different roads"
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
( Fernando Pessoa )
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Quando criança estudei pouco, falei pouco mas pensei muito. Por de trás de todas minhas roupas apertadas e meias longas havia um pedido silencioso de socorro o qual ninguém pôde ouvir. Foi sim uma infância normal, e hoje acredito que nenhuma criança que viveu como eu, foi de fato feliz, mas nem por isso deixou de ter uma infância de porta retrato.
Vivia sufocada, e ainda tão nova tinha segredos que até hoje me arrepiam. Talvez tenha sido aí o ponto. Desde muito cedo suportando um peso que não era meu. Essa agonia de agora, me trás a face triste de antes, o cansaço de agora trás o corpo de antes, e tudo, tudo, tudo me cala.
Riscava o meu mundo, meu corpo e minhas bonecas. Cortava papel, braço, e cabelo. Fugia e amava secretamente todos. Assim como fiz ontem e hoje,a diferença é que minhas pequenas bonecas de plástico deram lugar par algumas bem maiores.
Quando caia à tarde, pensava muitas vezes em incêndios, suicídio, deus e drogas; tudo que de fato era proibido a uma criança. Depois me culpava, e ao som de uma música banal, eu rezava e chorava ser a maldade.
Minha infância foi marcada pela repetição desses acontecimentos, e a culpa tornou-se meu pior pesadelo mas meu pseudo-aliado. A culpa era minha, e porque não dizer que eu gostava de sustentá-la. Bonecas, cabelos, tesoura, brinco, bilhetes, canetas e roupas. Tudo culpa minha.
Gostava de sofrer para ganhar um afago. Mas para diminuir minha culpa, meu sofrimento tinha que ser verdadeiro. E assim fiz e faço. Como um kamikaze não suicida, em uma busca desesperada por qualquer coisa que doa mas não não mate.