segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Não há nada a ser escrito além das tortuosidades que engolem o mundo, mas hoje não. Hoje, queria poder me abstrair de todas as dores e questões políticas, queria pensar que minha vizinha é feliz apesar de tudo. Queria pensar que quando eu fechar os meu olhos, todas as crianças do mundo estarão de barriga cheia e quentinhas como eu.
Será que é egoísmo? mas o que mais eu posso fazer além disso? atravesso a velhinha, mas ela ainda usa bengala. Dou um trocado, um tempo ou um cobertor mas a dor continua. Não posso servir de abrigo, eu não dou esmola mas sim meu corpo. E eu não posso abraçar o mundo, mas eu queria, como queria.

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