segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

As coisas vão se perdendo num mundo paralelo o qual eu queria ter alcance. Os cheiros, os gosto, as vontades... tudo se perde, inclusive eu de você. Sem faísca no toque, sem pressa pro beijo, e esse já tão seco sobra tanto nos meu lábios. Insistimos. O café já não me parece tão bom, e, até mesmo suas melhores especiarias hoje me amargam a boca. Não falamos há tempos a mesma língua, e aos gestos tortos e olhares confusos, vamos levando na mão um coração quase sem vida.
Minha garganta dói, gritei o seu nome a madrugada inteira mas você não veio. As borboletas já cansaram de esperar a hora de bater nas paredes do meu estomago. Moles, sem vida e sem surpresas elas caem triste num rio que dói menos que nós dois.
Fui toda sua, hoje talvez nem metade. É que tudo aquilo que você era dentro de mim se evaporou e evapora aos poucos a cada falta de jeito, de toque, de encontro...
Brigo com meu corpo desajeitado e tento me convencer que a culpa não é minha, só dessa vez.



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